A importância dos cuidados paliativos na medicina moderna
Em um mundo onde os avanços tecnológicos permitem prolongar a vida de forma cada vez mais sofisticada, cresce também a consciência de que viver com dignidade é tão importante quanto viver mais. Nesse cenário, os cuidados paliativos ganham protagonismo como uma abordagem centrada na qualidade de vida, no alívio do sofrimento e na humanização do cuidado de pacientes com doenças graves, progressivas ou em fase terminal. Segundo o médico radiologista Dr. Gustavo Khattar de Godoy — especialista em radiologia torácica e teleradiologia, com doutorado pela UNICAMP e pós-doutorado pelo Johns Hopkins Hospital —, os cuidados paliativos são fundamentais para garantir uma assistência ética, empática e personalizada.
E, ao contrário do que muitos pensam, a tecnologia pode ser uma aliada poderosa nesse processo, quando utilizada com sensibilidade e propósito.
O que são cuidados paliativos?
Cuidados paliativos são um modelo assistencial voltado para o bem-estar integral do paciente e de sua família diante de uma doença que ameaça a continuidade da vida. Eles envolvem o controle de sintomas físicos (como dor, falta de ar, náuseas), o suporte emocional e espiritual, e a tomada de decisões compartilhadas, sempre respeitando os valores, desejos e limites do paciente.

De acordo com o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, esse cuidado deve estar presente desde o diagnóstico de uma condição incurável, e não apenas nos últimos dias de vida. Sua atuação precoce contribui para reduzir hospitalizações desnecessárias, evitar intervenções fúteis e garantir mais conforto, autonomia e acolhimento em todas as fases da doença.
Como a tecnologia contribui para os cuidados paliativos
A incorporação de ferramentas tecnológicas nos cuidados paliativos não tem como objetivo prolongar artificialmente a vida, mas sim qualificá-la até o fim, por meio de intervenções mais precisas, comunicação facilitada e monitoramento contínuo. Algumas aplicações incluem:
- Telemedicina e consultas virtuais: possibilitam o acompanhamento frequente e humanizado de pacientes que desejam permanecer em casa ou em instituições de longa permanência.
- Prontuários eletrônicos compartilhados: garantem que todas as equipes envolvidas tenham acesso às preferências do paciente e às condutas acordadas.
- Plataformas de apoio à decisão clínica: auxiliam médicos e familiares na escolha de tratamentos que respeitam os limites do paciente.
- Wearables e sensores remotos: permitem monitorar sintomas e sinais vitais em tempo real, com foco no conforto e na prevenção de crises.
Dr. Gustavo Khattar de Godoy, com especialização em Radiologia Médica pelo Instituto do Coração da USP e em Radiologia Cardiovascular pelo Hospital Johns Hopkins, destaca que a tecnologia deve ser sempre guiada pela empatia e pelo diálogo com o paciente, e não pela simples possibilidade de intervenção.
A personalização do cuidado como prioridade
Cada paciente é único — com uma história, uma rede de afetos e expectativas próprias. Por isso, a tecnologia nos cuidados paliativos precisa ser utilizada de forma personalizada, respeitando o ritmo e o contexto de cada situação. A coleta e análise de dados, por exemplo, pode ajudar na identificação precoce de desconfortos e na adaptação de tratamentos, sem tornar o processo automatizado ou impessoal.
Segundo o Dr. Gustavo Khattar de Godoy, o maior desafio da tecnologia na medicina contemporânea é preservar a essência humana da prática médica. Nos cuidados paliativos, isso significa ouvir mais do que falar, acolher mais do que intervir, e compreender que dignidade é, muitas vezes, mais importante que longevidade.
Formação de equipes e ética no uso da tecnologia
A utilização responsável da tecnologia em cuidados paliativos também depende da formação adequada das equipes multiprofissionais. Médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais devem estar preparados para utilizar ferramentas digitais de forma integrada, ética e alinhada com os princípios do cuidado centrado na pessoa.
Dr. Gustavo Khattar de Godoy ressalta que a ética deve ser o eixo de toda inovação em saúde. Isso inclui respeitar a autonomia do paciente, proteger a privacidade dos dados, evitar condutas invasivas sem benefício real e garantir que as decisões sejam sempre tomadas com base em valores compartilhados.
Conclusão: tecnologia a serviço da dignidade humana
Os cuidados paliativos não significam desistência, mas sim uma escolha consciente pelo cuidado integral, pela escuta ativa e pela valorização da vida em todas as suas fases. A tecnologia, quando usada com sensibilidade, pode ampliar a presença médica, antecipar necessidades, aliviar sintomas e fortalecer vínculos — contribuindo para um final de vida mais digno, respeitado e sereno.
Com formação nacional e internacional, o Dr. Gustavo Khattar de Godoy representa um modelo de medicina que alia excelência técnica à compaixão. Em um mundo cada vez mais conectado, é possível — e necessário — humanizar o cuidado com o apoio da tecnologia, garantindo que até o último momento o paciente seja visto, ouvido e acolhido como indivíduo pleno.
Autor: Elysia Facyne