A USP sai em defesa de Alexandre de Moraes em um momento de intensas pressões políticas e judiciais, reafirmando sua posição como um dos principais bastiões do pensamento jurídico e democrático do país. A nota oficial da Universidade de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira, expressa total solidariedade ao ministro do Supremo Tribunal Federal, que também é professor titular da Faculdade de Direito da instituição. O gesto da universidade tem forte peso simbólico, especialmente em tempos de tensão institucional e ataques aos membros do Judiciário.
Ao destacar que a USP sai em defesa de Alexandre de Moraes, o comunicado reforça os laços históricos entre a academia e a preservação do Estado Democrático de Direito. A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da qual Moraes é catedrático, já foi palco de importantes movimentos em defesa das liberdades civis desde o Império. Agora, mais uma vez, a casa do saber jurídico se posiciona em favor de um de seus membros mais proeminentes, que se tornou alvo constante de setores extremistas por sua atuação firme no STF.
O fato de que a USP sai em defesa de Alexandre de Moraes não apenas honra a trajetória do ministro como também alerta sobre os riscos do enfraquecimento das instituições. A nota critica duramente as tentativas de desqualificar magistrados através de campanhas difamatórias e acusações infundadas, classificando tais ações como ataques à própria democracia. O texto deixa claro que não se trata de defender decisões específicas, mas sim de salvaguardar a autonomia do Judiciário frente à politização abusiva das divergências.
Quando a USP sai em defesa de Alexandre de Moraes, ela também envia um recado a outros membros da magistratura e da comunidade acadêmica: é hora de união e firmeza na defesa dos princípios constitucionais. O ambiente de polarização exige que as instituições tradicionais assumam posição clara diante de ameaças autoritárias. O silêncio, nesse contexto, seria interpretado como omissão. Por isso, a universidade mais prestigiada do Brasil escolheu o lado da história, reforçando o papel do STF como guardião da Constituição.
A iniciativa da USP ao sair em defesa de Alexandre de Moraes reverberou rapidamente entre professores, juristas e estudantes. Diversos nomes ligados à área do Direito expressaram apoio à manifestação pública, classificando-a como necessária e corajosa. A decisão da instituição de tornar pública sua posição demonstra um esforço para frear a banalização das críticas destrutivas e do discurso de ódio contra ministros do Supremo, especialmente aqueles que atuam de maneira incisiva no combate a atos antidemocráticos.
É importante destacar que a USP sai em defesa de Alexandre de Moraes num momento em que o ministro acumula decisões polêmicas, principalmente relacionadas aos inquéritos das fake news e aos ataques ao processo eleitoral. Mesmo assim, a universidade ressalta que as divergências devem ocorrer dentro dos limites institucionais e nunca servir de pretexto para intimidação. A nota assume um tom firme, mas sereno, condizente com a postura que se espera de uma instituição de ensino superior comprometida com a legalidade.
O episódio em que a USP sai em defesa de Alexandre de Moraes também remete à histórica Carta aos Brasileiros, lida no mesmo Largo São Francisco em 1977 e, mais recentemente, em 2022. São momentos em que a universidade ultrapassa seus muros para agir como farol da liberdade e da justiça. Com essa atitude, a USP mostra que seu compromisso com a democracia não é apenas teórico ou protocolar, mas ativo, presente e vigilante diante das ameaças que pairam sobre o Estado de Direito.
O gesto da USP ao sair em defesa de Alexandre de Moraes não apenas protege um de seus professores, mas defende toda a estrutura jurídica sobre a qual se ergue a República. Quando uma universidade pública se levanta em nome da liberdade, ela convoca a sociedade inteira a fazer o mesmo. Em tempos turvos, onde a retórica antissistema ganha espaço, é essencial que instituições com autoridade moral e intelectual assumam protagonismo. A USP fez isso — e a história, mais uma vez, testemunhará.
Autor: Elysia Facyne